Cai a semente no bom frescor
Cai outras vezes do Sol no ardor
Cai na doçura da viração
Cai na tristeza da escuridão
Oh! Qual será a colheita além
A colheita além?
Sempre lançada com força ou langor
Com ousadia, com medo e temor
Já ou nas eras do mundo porvir
Certo a colheita
A colheita nos tem de vir
Sobre os rochedos irá murchar
Ou nas estradas se esperdiçar
I ntre os espinhos se vai perder
Ou nas campinas enflorescer
Oh! Qual será a colheita além
A colheita além?
Há sementeiras só de amargor
Há de remorso e de negro horror
Há de vergonha e de confusão
Há de miséria e de perdição
Oh! Qual será a colheita além
A colheita além?
Em prantos vai o semeador
Chora os estorvos do seu labor
Ou jubiloso, a fazer festim
Nutre esperanças de nobre fim
Oh! Qual será a colheita além
A colheita além?
Vale-me, ó grande semeador!
Dá-me a semente do teu labor!
Eu vou servir-te, meu Rei Jesus!
Quero contigo ceifar na luz
Oh! Qual será a colheita além
A colheita além?